Se tudo o que você leu até agora sobre metaverso não explica do que a novidade se trataria, esse post é para você. Os impactos sobre os negócios virão e é preciso estar preparado.

Se há um tema que não deixa a pauta de negócios desde o final de 2021, é o metaverso. Na ocasião, o CEO do Facebook anunciou que a empresa passaria a se chamar Meta e estaria desenvolvendo um ambiente computacional que promete deixar as atuais ferramentais digitais ultrapassadas.

Grosso modo, o metaverso é definido como um ambiente de convergência entre realidade virtual e aumentada, proporcionando experiências imersivas. Contudo, essas palavras explicam pouco para quem não é especialista. Para entender a mudança anunciada, comparamos o que estaria por vir com transformações impulsionadas pela internet até agora.

No período relativamente curto de 25 anos, praticamente todas as atividades humanas foram permeadas por ambientes e ferramentas digitais. As antigas salas de bate-papo frequentadas por alguns usuários pioneiros deram lugar a sistemas de transmissão de mensagens onipresentes. De aplicativos de relacionamento ao Melon Meter, app que reconhece qual é o melão mais doce à venda, parece não restar um só campo da experiência humana para o qual não exista um dispositivo digital disponível.

Foi questão de tempo até o que os grandes negócios de todo o planeta também se reorganizassem em torno do digital. Como demonstramos em post sobre o ecommerce, o comércio eletrônico se tornou tão ou mais importante do que o varejo tradicional, que precisou se reinventar.

Alterando, acelerando e esticando as dimensões de tempo e espaço e certas capacidades humanas, o mundo digital funciona como uma extensão da realidade. Ao mesmo tempo em que esperamos na fila do médico, acessamos a biblioteca da faculdade, encomendamos um livro, solicitamos a segunda via de uma conta e falamos com alguém do outro lado do planeta. Contudo, essas experiências não são imersivas.

Por mais que se simulem alguns efeitos, uma pessoa jogando tênis em um videogame em seu sofá saberá que não está em campo. As interações digitais hoje disponíveis podem ajudar a amenizar a distância física, mas não substituem um abraço. Pelo menos não ainda, já que é exatamente essa a barreira que o metaverso promete romper. Não à toda, alguns o definem como uma rede phygital (physical + digital). Turvar as fronteiras entre real e virtual significa não apenas tornar indistintas essas dimensões, como assumir um intercâmbio aberto entre elas.

A princípio, tais possibilidades poderiam ser experimentadas por intermédio de óculos, manoplas e outros dispositivos com conexão à internet capazes de converter dados em sensações tácteis (como a perspectiva em três dimensões). Algumas empresas já oferecem óculos leves e acessíveis, como o Oculus Quest 2, que sai por cerca de US$ 300 e Google Cardboard, que custa modestos US$ 10. Se cogitam o desenvolvimento de lentes de contato ou implantes nos olhos, cérebro ou outros lugares do corpo – o que diminuiria ou eliminaria a percepção de mediação, tornando a experiência ainda mais fluida e convincente.

Mais ou menos como ocorreu com a chegada da internet, as primeiras aplicações econômicas para o metaverso centram-se no ramo do entretenimento e das interações sociais. Entretanto, se as previsões se confirmarem, praticamente todos os setores serão impactados. Não espanta que diversas indústrias já anunciem experimentos, como o mercado de moda, educação e biomedicina.

Aparentemente, o gargalo para que tais propostas se tornem viáveis é a convergência, aprimoramento e barateamento de algumas tecnologias e oferta de banda larga de alta capacidade (5G ou superior) – o que, segundo anunciado na imprensa, não tardará mais de uma década. Para quem se interessa pelo tema, vale conferir também o post em que explicamos as aplicações 5G.

O que muda no cotidano dos negócios?

Ainda é difícil precisar os impactos do metaverso em diversos setores. Em primeiro lugar, quando se pensam em aplicações econômicas, há o problema do intercâmbio financeiro. Como ocorrerão as transações? Como será a relação entre o capital tradicional, ainda regulado pelo Estado, e a criptoeconomia, validada por blockchain? É provável que as moedas físicas e virtuais coexistam independente por um tempo, mas vale especular o eventual borramento dessas fronteiras.

Outra questão é: como funcionará o uso dos espaços virtuais? Todos terão igual acesso? No mundo físico, um empresário provavelmente terá que alugar ou comprar espaços físicos e digitais (uma loja e um domínio, por ex.), cujas regras de uso são conhecidas e consolidadas. Como ocorrerá a competição nessa nova arena? Companhias como a Decentraland já começam a comercializar espaço no metaverso. As ofertas ainda soam lúdicas, quase como uma brincadeira, mas é possível que esse se torne um terreno disputado.

O mundo do trabalho também se desdobraria nesse novo ambiente tridimensional. Quando não for possível produzir ou participar de um evento em uma cidade distante, seria fácil produzir ou participar no metaverso. Enquanto o mundo físico encolhe, se abririam outras tantas dimensões, onde seria necessária uma série de mercadorias – ainda que não necessariamente físicas. Esses produtos também precisariam ser exibidos, adquiridos, cuidados, consertados, trocados, armazenados e assim por diante, abrindo-se todo um novo setor de comércio e logística.

Enquanto o cenário não clareia, uma forma indireta de se preparar e ganhar dinheiro com o metaverso seria investir no desenvolvimento de tecnologias essenciais ao seu desenvolvimento, um mercado certamente aquecido nos próximos anos. Outro caminho é comprar ações de companhias que apostam no segmento.

Mas há outra forma de se beneficiar desse movimento do mercado: é estar pronto quando as aplicações de metaverso chegarem. E isso requer digitalizar o seu negócio já, o quanto puder. Não espanta que o Fórum Econômico Mundial venha recomendando que todas as empresas de todos os portes, localidades e segmentos invistam em automação. Afinal, para algo se tornar datificado/virtualizado em nível profundo, primeiro de tudo precisa ser simplesmente digitalizado. Pense conosco: para que um sistema neural como Watson, da IBM, possa predizer diagnósticos com precisão espantosa, primeiro foi preciso digitalizar um sem-número de informações sobre doenças, casos e pacientes. Sem que o dinheiro que circula no mundo fosse digitalizado, nenhuma das soluções financeiras hoje corriqueiras seria possível.

Em pouco tempo, automatizar as operações deixará de ser um diferencial para se tornar um imperativo. Se os riscos e potenciais prejuízos de manter controles manuais e soluções analógicas já são consideráveis, é provável que a chegada do metaverso resulte em um abismo entre as empresas que poderão acompanhar o ritmo das mudanças e aquelas que precisarão enfrentar os maiores obstáculos, talvez intransponíveis.

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