Nos últimos anos, garantias e assistências técnicas de diversos equipamentos se tornaram mais curtas, raras e proporcionalmente caras. Mas essa prática parece estar caindo em desuso. A retomada de uma cultura de reparos está em alta, mobilizando consumidores, governos e empresas.
O mundo digital traz uma sensação de que tudo o que veio antes é antigo demais. No entanto, ainda nos anos 2000 algumas marcas prestigiadas ofereciam garantia e manutenção de seus produtos como ativos para se destacar da concorrência. Além das garantias de fábrica, as assistências técnicas terceirizadas asseguravam a possibilidade de fazer as manutenções necessárias.
No entanto, à medida que se desenvolvem materiais mais baratos e voláteis (embora muitos deles sejam derivados do petróleo, com alta pegada de carbono), determinados produtos tiveram o custo final reduzido. Com isso, a manutenção tende a parecer cara demais, ao menos à primeira vista.
Se examinarmos bem, a substituição acelerada de produtos não só afeta o bolso do consumidor, como promove o desequilíbrio ambiental. As iniciativas de tentativa de reversão dos impactos ambientais têm um custo altíssimo para a sociedade – e a não reversão implica em um custo ainda maior.
Segundo o site do parlamento europeu, a reparação constitui um direito básico e é um passo fundamental para alcançar uma economia circular. Na página que acompanha os trâmites para oficializar a lei de reparo na União Europeia, podemos encontrar uma lista com 4 motivos para apoiar a ideia:
1) 77% dos consumidores europeus preferem reparar os seus produtos do que comprar novos, mas acabam tendo que os substituir e descartá-los devido ao alto custo das reparações e inexistência de políticas de crédito para esse fim;
2) outro obstáculo é a obsolescência: alguns produtos são concebidos para deixar de funcionar após um curto período. Em alguns casos, os componentes são fixados de tal forma que nem mesmo podem ser retirados e substituídos. Mesmo que os consumidores se disponham a pagar pelos consertos, eles se tornam praticamente impossíveis;
3) o lixo eletrônico é a fonte de resíduos em mais rápido crescimento na UE. Em 2017, mais de 3,5 milhões de toneladas deste tipo de resíduos foram recolhidas, mas apenas 40% foram recicladas. No Brasil, segundo os dados mais recentes da European Brewing Convention, menos de 3% dos equipamentos eletrônicos descartados em 2019 foram reciclados;
4) os reparos, especialmente de dispositivos eletrônicos, são extremamente benéficos para a natureza, uma vez que permitem redução na utilização dos recursos materiais, menos emissões de gases estufa e menor consumo de energia.
A retomada da cultura do reparo ganhou uma hashtag mundial, pela qual é possível rastrear as principais ações em torno desse movimento: #R2R.
De olho nesse movimento de mercado, a Apple, que por anos se opôs aos reparos dos usuários, chegando a trocar os parafusos para dificultar a abertura dos telefones, no ano passado anunciou um serviço de autorreparo saiba mais em: https://pontonet.com.br/por-dentro-da-maca/.
Agora, a Samsung anunciou uma abrangente parceria com o iFixit – um site (do tipo “Wiki”) que ensina as pessoas a consertar praticamente tudo. A Google segue o mesmo caminho e seus kits de reparo devem estar amplamente disponíveis até o fim deste ano. Pouco antes, a Motorola já havia iniciado uma parceria com a IFixit para oferecer informações e kits de reparo.
No Brasil, a PL 6151, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos fabricantes a disponibilizar manuais e peças de reposição aos consumidores, foi apresentada no congresso em 2019 e, desde então, ainda não teve apreciação pelas comissões responsáveis. Com o intuito de acelerar a votação, o site https://direitodereparar.com.br oferece esclarecimentos sobre o projeto e a oportunidade de participar de uma petição para avançar no legislativo.
Se antecipando às tendências, a Pontonet oferece serviços de reparo e manutenção, com garantia de rapidez e excelência. Os consumidores podem contar com o Pontonet Conserta, um portal de serviços de reparos para iPhones fora de garantia, com sistema leva e traz, orçamento e acompanhamento on-line dos processos e a certeza de receber o iPhone como novo – e com garantia. Para fabricantes e varejistas de todo o Brasil, a Pontonet dispõe de um Centro Avançado de Reparos, além da gestão completa de pós-vendas. Quer reunir em um mesmo lugar o seu gerenciamento de devoluções, sua operação logística e a assistência técnica de seus produtos? Fale conosco.